Ser professor é fazer algo da qual se gosta. Algo que satisfaz o ego e a alma. É saber que um grão de areia é lançado ao vento por meio de suas mãos cujo alcança longínquas dunas de areia. O vento as modifica, a areia as dá forma, e assim, um trabalho de formiguinha vai se fazendo. Deserto este um lugar a ser transformado em verdejante campo de conhecimento.
Ser professor é deixar cair uma lágrima quando se deixa a sala de aula, quando se acaba o contato entre Ser que ensina e Ser que aprende. É sentir uma nostalgia ao ver que o tempo passa, as pessoas se modificam, e aqueles que antes possuíam a inocência da infância de outrora, possuem agora o brilho e a sede de descoberta da adolescência, enquanto outros já o perderam para ganhar um olhar de responsabilidade acadêmica. Mas, o mais estranho, é que ser professor é enxergar sua maturidade chegar através das mudanças que observamos na vida alheia dos que por nossas salas de aula passam.
A vida é assim, tudo passa. Tudo se modifica. Hoje, sou professor. Amanhã, o medo (bom) em se tentar algo novo (fora da sala de aula). O legal em ser professor é que sempre estamos buscando frutificar nossa profissão em ações que vão de uma maneira ou de outra fazer a diferença na vida de muitas pessoas.
Assim, concluo que, ser professor é sentir que sempre estamos realizando coisas boas, não para nós mesmos, mas, para os outros.
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